Semana Santa: rumo à Páscoa | ||||||||||||||
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Com a celebração do Domingo de Ramos no último domingo, 1º de abril, os católicos iniciaram a Semana Santa, que todos os anos mobiliza milhares de fiéis para reviverem os últimos passos de Jesus Cristo. Diversas tradições são realizadas ao longo de toda a semana em preparação ao acontecimento mais importante para os religiosos: a Páscoa do Senhor.
Ao longo deste tempo, a Igreja apresenta a liturgia como momento, por excelência, para a vivência da fé. A liturgia não é apenas o rito em que é celebrada e, de maneira alguma, um teatro acerca de coisas passadas. Na liturgia se atualiza o mistério celebrado. Ela transcende a própria existência do homem. Aquilo que é divino, inefável, entra na imanência humana, do tempo e espaço, de maneira maravilhosa e misteriosa. — A maneira de viver a Semana Santa é vivenciar os sacramentos, celebrar de corpo e alma a liturgia sagrada. Experimentamos que somos frágeis e pecadores; por isso mesmo é que necessitamos de nos aproximar do Senhor, que espera a nossa presença pródiga na vivência de seus mistérios. Aproximar-se dos sacramentos é viver a graça de Deus, derramada abundantemente pela “aspersão do sangue do Cordeiro”. Fazer Páscoa, viver bem este tempo de graça é imperativo para quem segue Jesus, fazendo da própria vida a grande celebração ao Deus que nos criou e, chegando o ápice de sua revelação, nos redimiu em Cristo, Senhor Nosso, afirmou o Arcebispo do Rio, Dom Orani João Tempesta. Tradições populares Nem todas as celebrações da Semana Santa são universais. Procissão do Encontro, na Quarta-feira Santa, Procissão do Fogaréu, conhecida também como Noite da Prisão, Procissão do Enterro ou do Senhor Morto são algumas ações que não são realizadas em todas as paróquias. De acordo com o Assessor da Pastoral Litúrgica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Padre Hernaldo Pinto Farias, estas não são celebrações prescritas pela Igreja para a Semana Santa, mas fazem parte do universo da religiosidade popular e acabam sendo mais intensas em alguns lugares e em outros não. Essas tradições podem ser vistas como práticas da piedade popular, o que a Igreja não condena. De acordo com Padre Hernaldo, a piedade popular tem o seu valor na experiência de fé do povo; são práticas que ajudam o povo a se colocar nessa intimidade com o Senhor. — É uma forma de eles manifestarem sua fé, à sua maneira, sim, mas o que temos que fazer que a Igreja sempre solicitou é que essas práticas não sejam fins em si mesmas, ou seja, que elas conduzam à verdadeira liturgia, ressaltou. Semana Santa - Missa de Ramos: abre a Semana Santa. Na procissão, o louvor do povo com os ramos é o reconhecimento messiânico da pessoa de Jesus
- Tríduo Pascal: começa na Quinta-feira Santa. São três dias santos em que a Igreja faz memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
- Missa dos Santos Óleos: acontece na manhã da Quinta-feira Santa. O óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.
- Jejum e abstinência de carne vermelha: realizados na Sexta-feira Santa, constituem uma forma de participar do sofrimento de Jesus. É um dia alitúrgico na Igreja, com a celebração da adoração da Cruz. Impera o silêncio e clima de oração, fazendo memória à paixão e morte do Senhor. - Vigília Pascal: é realizada no Sábado de Aleluia, em que se vai anunciar a ressurreição de Cristo; sua vitória sobre a morte. |